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Central de Segurança e Sua Posição Estratégica

Conceito da Central de Segurança

A central de segurança é o cérebro e o centro nervoso de qualquer organização. A central otimiza os recursos empregados, além de coordenar de forma ágil e em tempo real as contingências na edificação.

Na maior parte dos edifícios e empresas, existentes hoje no Brasil, o espaço das centrais sempre estão relegadas a um segundo plano, localizadas em pontos considerados não estratégicos e por conseguinte inseguros.

As organizações acabam esquecendo que os sistemas implantados por si só não garantem a segurança da central. É um detalhe que põe em risco todo um investimento, derrubando por terra sistemas sofisticados.

A central de segurança mantém em constante vigilância os pontos críticos levantados, possibilitando gerenciar e comandar as situações críticas de modo direto. As reações são automatizadas, reduzindo desta forma o erro humano. Os impactos são reduzidos, tendo como consequência direta a preservação do patrimônio e vidas humanas.

A operacionalidade da Central depende basicamente de dois fatores:

  • a rapidez da identificação da anormalidade;
  • a reação rápida e eficaz da equipe e coordenação.

A identificação rápida da anormalidade está alicerçada, especificamente nos meios que a central dispõe. Há a necessidade de o operador possuir a visão globalizada dos pontos críticos de todo o complexo monitorado.

A resposta dependerá do treinamento e principalmente no acionamento das equipes. O acionamento e treinamento serão mais eficazes quando forem direcionados ao ponto exato da área sinistrado.

Principais Ações da Central de Segurança

A central de segurança monitora todos os tipos de sensores, detectores, alarmes e circuito fechado de televisão nas instalações, além de coordenar toda a comunicação.

A central de segurança, embora separada da central de utilidade predial, deve falar com a mesma em caso de alarme. Integrada com a central de utilidades predial, a central de segurança age nas contingências da seguinte forma:

  • desligamento do ar condicionado;
  • fechamento dos dampers em setores considerados críticos;
  • pressurização das escadas de emergência;
  • iluminação das rotas de fuga;
  • acionamento do sistema de iluminação de emergência/geradores;
  • acionamento dos elevadores para o pavimento térreo.

Para tanto os meios para operacionalizar a central é a coordenação via microprocessador, evidenciando as vantagens:

  • maior confiabilidade;
  • facilidade para expansões e alterações;
  • incorporações de novas funções.

Os terminais de vídeo apresentam nas telas as plantas baixas em diferentes níveis, estado dos pontos controlados, ordens especiais a serem cumpridas, rotas de acesso ao local alarmado, histórico de eventos.

Dentro deste enfoque a central tem e deve ser olhada sob uma ótica diferenciada, ou seja, a central deve ser encarada como um castelo medieval, e a ponte levadiça seu acesso. Fica claro que na queda da ponte todas as defesas se anulam automaticamente, inviabilizando qualquer tipo de sistema.

Podemos citar como exemplo a explosão do World Trade Center de Nova Iorque, onde a central de segurança foi simplesmente anulada, de forma inconteste, através de colocação de um carro bomba debaixo de sua estrutura, fazendo com que nenhum tipo de sistema entrasse em operação. É um exemplo típico de má localização e que hoje, fez com que a mentalidade dos engenheiros, arquitetos e incorporadores mudasse radicalmente no que tange a localização da central de segurança.

Localização Mais Comum das Centrais de Segurança

O local das centrais de segurança deve ser de difícil acesso e com proteção especial. A entrada da central deve ser controlada e restrita.

Infelizmente isto não ocorre, pois a maior parte das centrais de segurança foi adaptada a prédios já existentes, nos quais não houve a preocupação de segurança. A maioria das centrais está localizada em locais de fluxo intenso de pessoas e veículo, tais como subsolos, mezaninos e em portarias.

Outro ponto comum e de insegurança é que a maior parte das centrais de segurança está junta também das centrais de utilidades prediais. A junção pode economizar espaço físico da incorporação, mas deixa extremamente vulnerável a questão do acesso. Numa central de utilidades prediais os respectivos sistemas de multifunção, muita gente deve e tem de ter acesso.

Por esta razão a autonomia da central de segurança se torna sem dúvida um item de suma importância.

A Importância da Central de Segurança

Infelizmente há pouca preocupação com o assunto “Segurança da Central”. A falta de cultura de segurança, mesmo em nível de empresários, e a falta de especialistas capacitados e dedicados exclusivamente ao assunto é marcante.

O exemplo mais vivo que temos é o já citado World Trade Center de Nova Iorque, onde era considerada a Edificação mais segura e moderna, tudo eram gerenciado e controlado a partir da central de segurança. O WTC – Nova Iorque possuía sua central acima de um dos pisos de estacionamento, onde este era terceirizado, pago. Ou seja, não havia controle efetivo de quem entrava ou saía, através de um sistema de identificação.

O terrorista sabedor desta deficiência colocou seu carro bomba logo abaixo da central de segurança. A carga de explosivos foi tão grande que simplesmente destruiu a central e mais dois pavimentos.

Simplesmente nenhum tipo de sistema veio a funcionar, tanto é que os condôminos dos andares superiores ficaram sem saber o que tinha acontecido. O estrago só não foi maior porque o incêndio não ocorreu, caso contrário o número de mortes seria catastrófico.

O objetivo do terrorista foi alcançado, quando este ameaçou a integridade americana de ser uma nação inexpugnável a atos antissocial. O ataque foi considerado cirúrgico, no ponto sensível do empreendimento. Podemos considerar como erro estratégico a central estar localizada num ponto onde o acesso não podia ser controlado, ficando desta forma vulnerável a um ataque desta envergadura.

Conclusão

O ponto crucial para programar a segurança da própria central é a conscientização de que não se pode esquecer o cérebro de todo o sistema. Temos que visualizar a central como sendo a ponte levadiça do castelo, quando baixada todas as defesas caem por terra. A localização e seu acesso têm de ser restrito, sendo estratégico para o empreendimento sua sobrevivência.

 

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